O Brasil e o Paraguai cancelaram formalmente na quinta-feira um polêmico acordo sobre energia – assinado em maio, mas revelado apenas na semana passada, após ameaçar subverter o governo do presidente paraguaio, Mario Abdo.
O negócio está relacionado à barragem de Itaipu, a maior usina hidrelétrica do mundo, que fica na fronteira entre os dois países.
Os dois países são parceiros da usina, que fornece energia para ambos os países, mas o Paraguai é totalmente dependente de sua participação.
O ministro das Relações Exteriores, Luis Castiglioni, e três outros funcionários renunciaram na semana passada à controvérsia, e quando legisladores da oposição anunciaram que iriam iniciar um processo de impeachment contra Abdo, o Paraguai disse ao Brasil que o acordo estava morto na água.
Os dois países retomarão as “negociações sobre a contratação de energia elétrica da represa de Itaipu”, disse um comunicado oficial.
O cancelamento do acordo significa que o movimento da oposição para derrubar Abdo provavelmente perderá força.
Em mensagem pública, Abdo agradeceu aos que o apoiaram, incluindo o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, um aliado de extrema-direita, acrescentando que “a democracia triunfou”.
